Os hortos contorcem-se quando a folhagem
Respirando brutalmente
Activa a combustão da memória.
É sempre em Novembro que o tempo muda
a loucura ganha asas
as hortênsias contorcem-se da raiz à flor
E tudo regressa ao silêncio suspirante da noite rutilante.
Só os mortos não regressam das suas grutas arrepiadoramente luminosas.
Por mais que transpirem as açucenas as camélias
Ou mesmo as bunganvilias.
Neste mês de Novembro os mortos cumprirão a sua vocação.