Passeava como que sem rumo
Absorta ao movimento agitado
Da avenida.
Na sua mão
A mão da criança
Três anos. seu filho.
Pararam
Na montra da loja grande
de vidro muito brilhante
E a criança fica arrebatada
Olhos esbugalhados
Pelo espanto de tanta fantasia.
De repente
puxou a mão da mãe
Com o dedo em riste aponta
Mamã! Quero aquele.
Olhou a montra
Não falou
E o espelho da montra
reflectiu a imagem do automóvel
que parou atrás de si
o coração apertou
sua cabeça falou
Puxou a criança
três anos. seu filho
e numa voz sumida
parecia envergonhada disse
Sim meu filho
O pai natal vai trazer
O brinquedo que muito gostas