«É possível que haja ainda a fonte
das águas milagrosas»
José Dias Egito
Já não é a juvenil paixão que me impele
a perder-me nos poentes
com a ilusão de salvar o mundo.
Já me cansa esta alegria
de ouvir o meu coração
bater em todos os lugares,
esperando confiante
a «Noite da Grande Tempestade» [1]
Maniatado à fantasia inútil de poeta,
transporto outras dores
para além
das trevas do sol subterrâneo
e dos labirintos da noite que submergem
o eco do grito oco
Da «fonte das águas milagrosas» [2]