«É possível que haja ainda a fonte
das águas milagrosas»
José Dias Egito

Já não é a juvenil paixão que me impele
a perder-me nos poentes
com a ilusão de salvar o mundo.

Já me cansa esta alegria
de ouvir o meu coração
bater em todos os lugares,
esperando confiante
a «Noite da Grande Tempestade» [1]

Maniatado à fantasia inútil de poeta,
transporto outras dores
para além
das trevas do sol subterrâneo
e dos labirintos da noite que submergem
o eco do grito oco
Da «fonte das águas milagrosas» [2]

Manuel C. Amor
Autor:
Manuel C. Amor
Nome Completo:
José Manuel Couto Amor
Género Literário:
Poeta
Profissão:
Enfermeiro
Nascimento:
08 de agosto de 1946, Socorro, Lisboa, Portugal
Falecimento:
03 de outubro de 2020, Horta, Faial, Açores, Portugal