“As nossas vozes
Não podem estar silentes
Reencontremo-nos nós mesmos...”
Maria Eugénia Neto, in O Soar dos Quissanges, 2002
O nosso destino
é sempre esta festa
a despontar na aurora de cada um
No crepúsculo de cada qual.
Vamos varrer as “cinzas da morte.”
Que chegou o tempo do emergir a vida
festejada em terreiro limpo de tristezas.
E quando a dicanza
começar nos seus ranque ranque
A desafiar o quissange
Naquele clamoroso cântico
cavalgando chanas e mulolas
Deixa a alma
escorregar na tua pele
O sangue correr dentro de ti
como água dos rios
que nunca olha para traz .
Balança o corpo
como um dongo sem destino
Baçulando a desesperança
Que eu
ainda acredito no sonho do Poeta
“Um só povo uma só nação”
Não é utopia não