Mas que destino é este
de estar sempre a olhar para o céu
na esperança que a lua
traga novas cantigas de amor?
Esta lua que chega sempre
Sem olhos
Sem boca
Sem pátria
Sem deus
Como uma bandeira de remorsos
A soluçar cidades cinzentas de cinza
cidades atónitas
De mortos a morrerem de pé