A literatura são-tomense mergulha as suas raízes no século XIX, princípios do séc. XX, com o jornalismo, praticado pela elite dos "filhos-da-terra" na imprensa da época
Nesses periódicos, - de carácter não oficial e não-governamental, onde se desenvolveram polémicas sobre a dignificação e instrução das populações nativas, sobre o abuso do poder, violência contra o negro e sobre a questão das terras expropriadas aos nativos - eram igualmente publicados poemas dispersos, onde se detectava já uma matriz pré-nacionalista, indiciando uma consciência unitária e libertária.
A primeira obra literária de que se tem conhecimento, relacionada com S. Tomé e Príncipe, data de 1896, sendo um modesto livrinho de Poemas Equatoriaes, do português António Almada Negreiros (1868-1939), que ali viveu muitos anos.