Nome Completo: | Caetano da Costa Alegre |
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Género Literário: | Poeta |
Profissão: | Médico naval |
Nascimento: | 25 de abril de 1864, São Tomé, São Tomé e Príncipe |
Falecimento: | 17 de abril de 1864, Alcobaça, Portugal |
Foi um dos primeiros, poetas africanos de expressão portuguesa a colocar sua condição de africano na poesia, com versos assim: "Ah! Pálida mulher, olha, a noite é negra e tem milhões de estrelas,/ o dia é belo e branco e tem apenas uma".
A sua poesia revela a dolorosa angústia de quem teve a cor como estigma indiciando já, um certo negrismo literário, configurador da etnicidade que marcará a literatura africana de língua portuguesa. Foi compilada postumamente no livro Versos (1916), cuja edição foi promovida pelo seu antigo companheiro e amigo Artur da Cruz Magalhães (1864-1928).
À edição original seguiram-se três edições, em 1950, 1951 e 1994
A obra, escrita em estilo romântico, popular na época, foi um êxito imediato pela forma em que celebra suas origens africanas, a expressão de nostalgia do estilo de vida de São Tomé, e a descrição do sentimento de alienação em se encontrava sua raça, sendo dos primeiros poetas africanos a lidar com assuntos raciais.
Manuel Ferreira, das Ilhas São Tomé e Príncipe, dava a seu conterrâneo Caetano de Costa Alegre o título de "criador da negritude em poesia",
Encontra-se colaboração da sua autoria nas revistas A imprensa (Revista científica, literária e artística 1885-1891) e A Leitura Magazine Litterario (1894-1896 Lisboa: Empresa Internacional,).